terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

922. A DESOBRARIA

"Em obras pagas pelos contribuintes, aqui em Tomar é costume dizerem, quando há críticas, que "correu mal". E todas correm mal. A Corredoura foi o que está à vista de todos. O pavilhão não tem as medidas regulamentares. O estádio perdeu a bancada e os balneários. O Mouchão ficou sem casas de banho, mas ganhou um barraco modernaço e um lajedo, que ninguém descobriu ainda para que servem. E há também aquela ponte marreca, acima do nível das cheias, quando mais acima derrubaram o muro de protecção contra as mesmas cheias. As ruas da cidade antiga, ou aguardam acabamentos há meses, ou ficaram com passeios que ora esticam ora encolhem, ou com pavimentos mal nivelados, cheios de poças de água quando chove. Do parque de estacionamento que mete água, ou daquele que cortou o acesso de veículos aos habitantes da Pé da Costa de Cima, nem vale a pena continuar a falar. Sobre a Ponte do Flecheiro e arranjos limítrofes, só se pode dizer que tudo aquilo parece que cada vez corre pior. Há meses que devia estar concluido, e nada."

Sebastião Barros, no Tomar a Dianteira.

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