Tomar, todos os lugares, não só os bancos, as empresas, as famílias, os castelos, a história, têm poliédricas faces ocultas. Lados das sombras que aparentemente estão dissimuladas nas algazzarras dos momentos, nas farpelas de ocasião com que se decoram traças, alfazemas, carunchos, bichos da madeira que inexoravelemte vão corroendo sem se ver, destruindo sem se ouvir, mudadndo sem que se veja. Soube-se hoje de uma face oculta socialista, mais uma, desta vez sem contentores, sem Moura Guedes, sem animais ferozes, apenas uns famélicos nove ou dez mil euros a troco de uns negóciozitos com que sempre um medíocre à solta julga que vai resolver a vidinha. Em Tomar também há faces ocultas, que ninguém duvide. Esta semana então, com o papelinho do bloquinho medíocrezinho centralinho sobre as migalhas municipais disponíveis, mais algumas faces se ocultaram, mas, em contrapartida também, inelutavelmente algumas outras se desocultaram. Deixem lá os pilaretes, o lixo das ruas, o pelourinho de Pisa, a poeira de Trinitá na R. outrora dos Moinhos, os fomulários, os QREN's, os paivo-corvelo-vitorinos. Deixem lá isso agora. Acima disso está o carácter, que é o que nos faz viver um patamar acima dos animas selvagens, por enquanto. Deixem lá os veludos das mesas de reuniões dos hotéis, as nojentas intrigas das Corredouras do baixo e do alto Nabão, deixem lá isso tudo. Sou eu que peço. E, por um momento, vá, dois momentos, deixem sentir o ar fresco dos monges descer a encosta e viajar à desfilada da serra até nenhures. Talvez se consiga perceber então o inestimável valor, não digo preço, digo valor, da liberdade. Se conseguirem, aposto que não voltarão a ser os mesmos. Aposto. E o mais que aqui e agora decidi ocultar, é fácil: vão aos Alcatruzes. está lá tudo, da família ao rio, das bonecas, às viagens das liberdades dos montes de Portugal, que é, finalmente, onde pretendo chegar, por sentir que sou de lá. Peço desculpa pelo abuso da boleia à Maria.
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