O Museu do Caramulo, no concelho de Tondela, anseia por concretizar projectos pensados há já vários anos, mas o facto de ser privado e de escassearem os apoios dos mecenas não o permite. Fundado nos anos 50 pela vontade dos irmãos Abel e João Lacerda, o Museu do Caramulo conta com uma colecção de arte resultante da generosidade de coleccionadores e artistas contemporâneos de renome e outra de automóveis, todos em condições de circular. "Temos que sustentar este museu com a receita das entradas e com mecenato, quando ele existe. Temos de nos estar constantemente a adaptar a essa variação entre ter ou não mecenato, que pode ser uma variação grande", explicou à Lusa o director do Museu do Caramulo, Tiago Patrício Gouveia, acrescentando que as colecções recebem cerca de 30 mil visitantes por ano. Segundo o responsável, o museu tem "um número grande de projectos que gostaria de levar a cabo, mas é extremamente difícil conseguir garantir os fundos necessários para os pôr em prático".
Deu como exemplo a requalificação das salas onde se encontram alguns dos carros mas que servem também para exposições temporárias, que "deviam ser refeitas para suster pesos grandes e poder haver exposições de automóveis independentemente do seu peso". Melhorar a iluminação é também uma necessidade destas salas, bem como das salas de exposição permanente da colecção de arte, que têm ainda problemas no que toca ao revestimento das paredes e à climatização. Segundo Tiago Patrício Gouveia, outros projectos parados por falta de verbas são a construção de acessos para pessoas com dificuldades motoras (rampas e elevadores) e a criação de um centro de documentação pesquisável através da Internet. Pedidos directos ao Ministério da Cultura para estes projectos nem vale a pena, porque os que fizemos deram-nos a entender que não há a menor hipótese de pontualmente apoiar um museu num projecto", contou, dizendo entender a posição, porque "seria injusto para os outros museus".
O museu já teve ajuda dos fundos comunitários para algumas melhorias, nomeadamente restauro de obras, instalação de câmaras de vídeo-vigilância e renovação de imagem. No entanto, não tem tido a mesma sorte para estes projectos pendentes. "O centro de documentação e o acesso para deficientes foi aprovado numa fase final do quadro anterior de apoios comunitários, mas caímos numa situação de rateio e os fundos já não chegaram à nossa candidatura, que ficou em oitavo lugar. Os fundos acabaram na segunda", contou. No que respeita ao Quadro de Referência Estratégico Nacional, Tiago Patrício Gouveia disse não ter conhecimento de que estejam abertos programas para a cultura na Região Centro. Lamentou que em Portugal não exista a aposta no mecenato que considera ter havido noutros tempos, frisando que o Museu do Caramulo "foi inteiramente construído a partir desse espírito de mecenato, tanto o edifício como a colecção de arte, que foi totalmente doada". "Mas não temos sentido isso nos últimos anos", afirmou, dando como bom exemplo de funcionamento do mecenato os Estados Unidos da América.
Deu como exemplo a requalificação das salas onde se encontram alguns dos carros mas que servem também para exposições temporárias, que "deviam ser refeitas para suster pesos grandes e poder haver exposições de automóveis independentemente do seu peso". Melhorar a iluminação é também uma necessidade destas salas, bem como das salas de exposição permanente da colecção de arte, que têm ainda problemas no que toca ao revestimento das paredes e à climatização. Segundo Tiago Patrício Gouveia, outros projectos parados por falta de verbas são a construção de acessos para pessoas com dificuldades motoras (rampas e elevadores) e a criação de um centro de documentação pesquisável através da Internet. Pedidos directos ao Ministério da Cultura para estes projectos nem vale a pena, porque os que fizemos deram-nos a entender que não há a menor hipótese de pontualmente apoiar um museu num projecto", contou, dizendo entender a posição, porque "seria injusto para os outros museus".
O museu já teve ajuda dos fundos comunitários para algumas melhorias, nomeadamente restauro de obras, instalação de câmaras de vídeo-vigilância e renovação de imagem. No entanto, não tem tido a mesma sorte para estes projectos pendentes. "O centro de documentação e o acesso para deficientes foi aprovado numa fase final do quadro anterior de apoios comunitários, mas caímos numa situação de rateio e os fundos já não chegaram à nossa candidatura, que ficou em oitavo lugar. Os fundos acabaram na segunda", contou. No que respeita ao Quadro de Referência Estratégico Nacional, Tiago Patrício Gouveia disse não ter conhecimento de que estejam abertos programas para a cultura na Região Centro. Lamentou que em Portugal não exista a aposta no mecenato que considera ter havido noutros tempos, frisando que o Museu do Caramulo "foi inteiramente construído a partir desse espírito de mecenato, tanto o edifício como a colecção de arte, que foi totalmente doada". "Mas não temos sentido isso nos últimos anos", afirmou, dando como bom exemplo de funcionamento do mecenato os Estados Unidos da América.
Fonte: Lusa.
(Foto)
1 comentário:
Posso-lhe dizer que já estive no museu de que fala, e é um espectáculo. Os carros são verdadeiramente espantosos. Museu cinco estrelas, sim senhor. Boa posta.
RC
Enviar um comentário