O presidente do Turismo de Portugal, Luís Patrão, disse hoje em Tomar que a criação de roteiros turísticos é uma das estratégias para aumentar a estadia dos visitantes no país. “Um turista estrangeiro fica, em média, 3,5 dias em Portugal. Queremos aumentar, o que está relativamente difícil, porque o tempo médio de visita está a baixar, embora se façam mais visitas anuais”, afirmou à agência Lusa, admitindo que este objectivo será conseguido apresentando aos turistas “novos motivos de interesse”, como o património cultural. “Sabemos que a maior parte dos turistas estrangeiros que vem a Portugal é por causa da praia”, referiu Luís Patrão, que manifestou o desejo de que “os motivos culturais passem a ser um motivo complementar da visita, tão importante como o principal, seja a praia ou outro qualquer”.
Para Luís Patrão, trata-se de mostrar que Portugal é “um destino turístico rico, que tem uma oferta diversificada, que tem uma capacidade para tornar satisfatórias as visitas turísticas mais do que as pessoas imaginavam”. Referindo-se ao Roteiro Turístico do Património Mundial, que ligará Tomar, Batalha e Alcobaça, localidades com monumentos com esta classificação, Luís Patrão disse esperar que o número de visitantes aumente nesta região.
No entanto, observou que o objectivo primordial do roteiro, a ser lançado até ao final do ano, é tornar “essas visitas mais completas, mais satisfatórias”. “O que queremos é propor às mesmas pessoas que já vão a cada um dos monumentos que visitem os outros”, explicou, lembrando que assim “têm mais motivos para vir à região e nela ficarem mais dias”. O responsável lembrou que este primeiro roteiro, apresentado hoje no seminário internacional “Touring and Heritage/Turismo e Património”, que decorre no Convento de Cristo, assentou no eixo Tomar-Batalha-Alcobaça porque estes locais distam entre si menos de 100 quilómetros, o que “é uma base adequada para se organizar uma visita a esta toda região”. Região onde destacou a presença do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota ou a costa Oeste como outros atractivos. “Isso vai conduzir a que as pessoas percebam que a riqueza conjunta desta região é mais que a simples soma das partes”, sublinhou. O presidente do Turismo de Portugal adiantou que serão elaborados outros roteiros turísticos, citando o exemplo da Fortaleza de Sagres que vai integrar um roteiro cultural e patrimonial que complementará a oferta sol e praia do Algarve.
Fonte: Lusa
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