terça-feira, 20 de outubro de 2009

1863. BALANÇO (6): A "BRIGADA DO REUMÁTICO"

Os velhos independentes obtiveram desta vez 4552 votos, isto é, 19,99% dos votos. Contra 4889, ou seja, 21,2%, em 2005. Perderam porque perderam 337 votos. Perderam porque queriam ser os primeiros e foram terceiros. Perderam porque pediram a gula da maioria absoluta (descomunal delírio...) e tiveram uma dieta de minoria relativa. E perderam com um mau resultado porque tiveram menos votos e menos percentagem. Nem Mozart lobrigrou inspirar com o fulgor das suas partituras ou a misteriosa prodigalidade financeira da propaganda couché 90 gramas o que já todos perceberam não passar de uma ópera bufa. Para quem não sabe, desde já se esclarece (que mui penadas e sensíveis almas vagueiam por estas noites frias da lenda da Santa pelas ruas do burgo...) que o título deste post não pretende ofender. Ficou conhecida por "brigada do reumático" a corte de patentes militares que poucos dias antes do 25 de Abil foi garantir lealdade eterna ao Governo de Marcello Caetano, antes deste ir de boleia de Chaimite revisitar o Quartel do Carmo rumando daí à Portela. Estes velhos independentes não passam hoje de um mero partido caudilhista, representante de um pssado de decadencia e frustrações. Daqui não passarão até que o cansaço inexorável dos tempos o declare com a pouca pompa e a nenhuma circunstância que o momento merecerá. Apenas um voto sincero: que desta vez, quando cometerem a ousadia legal de apresentar as contas de campanha, e oh meu Deus, mas que enormes trabalheiras terá o mandatário financeiro para levar por diante tal empreitada... não mintam sobre donativos, não mintam sobre contas bancárias, e façam constar dos respectivos papéis justificativos todas as verbas efectivamente recebidas e pagas em actividades de campanha como manda a lei, ao contrário do vexame por que passaram em 2005. Quem, nem na pseudo-oposição sabe dar o exemplo como conseguiria convencer alguém que seria no poder que o faria, ali com tanto extracto à mão?...

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