segunda-feira, 19 de outubro de 2009

1847. DA "NOJEIRA" E OUTROS CONTOS

O ilustre causídico João Henrique Simões classificou este meu post de "nojeira". É próprio dos meios paroquianos confundirem a crítica política com o acinte pessoal. Tenho tido oportunidade de explicar neste blogue que eu não faço essa confusão. Uma coisa é respeitar as pessoas, outras as suas decisões e actos públicos. Nada me move contra Carlos Trincão. Mas o ilustre causídico equivocou-se na leitura do post. Não era de Trincão que eu falava, mas de um acto político praticado nesta cidade, cujo significado é, a meu ver, o que descrevi. Não tenho propensão para a lamechice balofa. Não escondo nas mesas dos cafés as opiniões que emito em público. Não pratico o método da hipocrisia, tão do agrado dos sinecuras e dos calhambeques. Não digo uma coisa a um jornalista, para depois me desmentir quando sou apertado pelos chefes. Aliás, se há privilégio que tenho na vida é o de não ter chefes. Ao contrário de outros bravos e corajosos que gostam de armar ao pingarelho. Repito e mantenho tudo que disse no post. A aliança Relvas-Trincão, aliás, não surpreende verdadeiramente, para quem anda atento. É um negócio político típico dos que Relvas está habituado a fazer e dos que o Bloco, pese a retórica justicialista, adora celebrar. Como negócio político que é, é inteiramente criticável. Politicamente diz tudo sobre ambos. E o "que diz" é mau de mais. Continuo a desejar que não queira dizer também tudo sobre Tomar. Por que se quer, acho sinceramente, que deviam já convidar também o ilustre causídico para uma vice qualquer coisa da comissãozita. Que melhor maneira de contentar o penacheiro de toda a gente?... Quanto à substancia, aliás, muito mais importante, sempre deixo aqui uma sugestão. A empreitada dos 850 anos exige pompa, circunstancia, substância e projecção internacional. Julgo que poderíamos começar por convidar todos os professores de Tomar para participar activamente nas comemorações. As comemorações devem ser do povo, dos cidadãos, que fazem o dia-a-dia de Tomar. Não façam desta festa única outro desfile de facturas por pagar, de subsídios intermináveis, de auditorias por concluir, de acções judicias a marinar. Haja a grandeza de, ao menos, estar à altura do nosso passado.

2 comentários:

Anónimo disse...

Quero chamar a atenção para o facto de NADA ter a ver com este assunto, de NADA TER ESCRITO sobre ele e ainda para o facto me chamar HENRIQUES e não Henrique.

A invocação do meu nome é simplesmente abusiva e não tem qualquer fundamento.

Assim, solicito o especial obséquio de proceder à devida rectificação.

Muito obrigado.

Saudações democráticas,

João HenriqueS Simões

Joao Henriques disse...

O meu nome é João Manuel Mendes Henriques, nascido em Tomar. Não tenho sinecuras, nem cunhas, nem vagas em lado nenhum, trabalho por conta própria. Se o negócio Relvas-Trincão lhe parece mal, ainda assim acha mesmo necessário agredir alguém com os epítetos que colocou no post? Sucede que v.exa nada apresenta que justifique a contundência e tom insultuoso com que brinda especialmente CT. Devo repetir-lhe que não conheço CT, nem MR, nem sou do BE ou ligado a qualquer força partidária, mas é sobretudo incomodante ler que v.exa se dedica a críticar todos os "paroquianos", quando o faz através de uma atitude abaixo dessa categoria ou não acha? Sejam eles quem forem, merecem um pouco mais de respeito nesta tribuna que v.exa (por vezes bem) aqui dirige. E já que é assim tão corajoso, porque não se identifica? Não esconde nas mesas de cafés as opiniões que emite em público? Já agora, quais são as opiniões que emite em público, uma vez que bloga anónimamente e assim o fazendo não passa de uma mesa de café virtual?