Por contingencias de momento, que me afastaram da escrita, ainda não comentei o resultado das ultimas eleições autárquicas em Tomar. Fá-lo-ei. Como cidadão e eleitor, interessaram-me e disseram-me directamente respeito. Mas o tempo é sábio, faz assentar a poeira e ajuda à reflexão. Inicio a publicação do balanço com o qual pretendo encerrar também o tema. Não encerrar o comentário político local, que esse continuará, para tristeza de alguns, mas o resultado destas eleições, que marcam um virar de página. E quero mesmo começar com uma sonora vaia. Uma vaia ao maior partido de Tomar: o partido dos mais de 40% de cidadãos abstencionistas que decidiram que em sete pessoas não havia ninguém capaz de governar esta terra. Calem-se, doravante, por favor, durante pelo menos quatro anos. Não azucrinem. Não critiquem, não digam mal. Não chateiem. Vão dizer mal para o Entroncamento, para Ourém ou para Torres. Há que baste também por lá... Perderam o direito. É espantoso, depois de tudo o que se passou e de tudo o que se disse que ainda tenha aumentado o partido da abstenção e que ainda mais gente tenha desistido de decidir. Bem sei que em democrcacia o povo, diz-se, tem sempre razão e é soberano. Sê-lo-á, formalmente. Mas, substanciamente, o povo que se desinteressa e não vota, não tem, em meu entender, razão. Uma vaia, portanto, para o maior partido de Tomar, que fez com que Tomar passe a ter um presidente de Camara escolhido por pouco mais de vinte por cento dos cidadãos eleitores do concelho.
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