"A semana passada fui a uma tipografia em Tomar para orçamentar a edição de uma peça de teatro do Fatias de Cá e um amigo meu, que lá trabalha, comentou comigo que as listas concorrentes à Câmara andam a gastar dinheiro que nem doidos. Por exemplo, os outdoors (aqueles cartazes grandes que se metem nas rotundas com 3 metros por 8 e que em português se poderiam chamar “fora de portas” ou até “no olho da rua” que não é uma tradução tão bonita mas é mais expressiva) custava cada um 6.000€ (seis mil, sim). Claro que ele também se interrogava onde é que eles iam buscar tanto dinheiro, embora cá para mim a pergunta fosse mais transparente com “como é que eles ficaram de pagar a quem lhes paga os cartazes?”
Também na semana passada foram anunciados pela Câmara de Tomar os subsídios atribuídos às colectividades e associações culturais em 2009 (ao Fatias de Cá calhou um subsídio de 12.000€). Os vereadores da oposição fizeram declarações de voto grandes, eu não tive paciência para ler tudo, mas ainda tirei umas pelas outras que eles estavam a dizer mal da política cultural da Câmara, porque não apoiava como deve de ser a Cultura. É claro que os que fizeram as declarações de voto foram os mesmos que já estiveram a mandar na Câmara quando era o PS a mandar e, que tinham exactamente os mesmos critérios na atribuição dos subsídios (aliás, foram eles que os inventaram, com a ajuda do António Rebelo, que também quis ser candidato à Câmara, e do Carlos Trincão, que entretanto é mandatário do Bloco de Esquerda, ambos assessores do Pedro Marques, quando o Rosa Dias ainda era da CDU, a memória é uma coisa muita linda, malvado senhor alemão que ataca tanta gente)."
Carlos Carvalheiro, n' O Templário.
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