quinta-feira, 20 de agosto de 2009

1609. NOTÍCIAS DO DESLEIXO

"Quando o ano passado no dia 10 de Agosto a Capelania Militar de Tomar, assinalou a junção dos Exércitos de D. João I e de D. Nuno Álvares Pereira, junto à Capela de São Lourenço, solicitou as entidades locais presentes:

- Limpeza da Fonte D. João, e dos muros envolventes.
- Que fosse retirado e colocado noutro local o sinal de trânsito, colocado mesmo encostado a frontaria da Capela.
- Limpeza ou poda das árvores centenárias, cujos ramos pendem sobre a Capela, a Casa do
Guarda e do Pelourinho, colocando em perigo estas instalações.
- A colocação de recipientes para o lixo no largo junto a Capela, já que neste recinto muitas pessoas fazem a sua paragem e ali tomam as suas refeições deixando o lixo no chão.
- Voltar a ligar a luz eléctrica a Capela, pois sem esta não se pode celebrar e não podemos esquecer que a população que ali habita é uma população bastante envelhecida, para se deslocar a S. João Baptista ou a Carvalhos de Figueiredo para assistir a Eucaristia.
Passado um ano o que verificamos:

- A fonte foi limpa mas não foram os seus muros. Debaixo das árvores junto desta, encontra-
se montes de terra ou entulho.
- O entulho retirado de umas obras, que decorreram na estrada, foi deitado junto ao rio
ao fundo do caminho lateral da Capela (se fosse um cidadão comum que fizesse isto era imediatamente autuado, as entidades oficiais podem fazer o despejo onde bem entendem.
Onde estão os fiscais da Câmara? De férias?)
- As árvores continuam por limpar ou podar. Na rampa em frente ao Pelourinho, encontra-se
um cedro, já todo torto sobre a estrada (provavelmente quando cair sobre algum automóvel, será retirado).
- Embora este local tenha candeeiros de iluminação os mesmos encontram-se às escuras.
- O sinal de trânsito continua no mesmo sítio.
- A Capela continua sem luz eléctrica.

Enquanto Portugal, mesmo em lugares onde não passou D. Nuno Álvares Pereira, se têm realizado cerimónias para invocar a sua Canonização, em Tomar num lugar onde se deu um encontro tão importante como foi a junção dos Exércitos, depois do Conselho de Guerra realizado
em Abrantes, as entidades oficiais nada fazem para manter viva a sua história.
Podem dizer que a Junta de Freguesia não tem meios, ou a Câmara, mas então deixa-me
perguntar: e tem para andar a fazer ho- menagens a pessoas da actualidade e a quem Portugal
nada deve comparado com aquilo que todos nós devemos a D. Nuno Alvares Pereira?"

Um leitor d' O Templário.

1 comentário:

Anónimo disse...

Estimado Dr. estranha esse tratamento dado pelo nossa autarquia às questões da história, às questões do património, ao respeito pela passado de Tomar?

Não estranhe. O PPD em Tomar nunca foi responsável, apenas e só se preocupa com os cifrões que ganham como vereadores, assessores, contratados e afins.

Uma terra onde apesar de todos serem precisos, só alguns fazem disparates e todos pagamos.

Uma pena.