sexta-feira, 12 de junho de 2009

1329. PELOS CAMINHOS DE PORTUGAL (92)

As inaugurações da “Cidade Imaginária”, do escultor Charters de Almeida, e da exposição “Antevisão do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte”(MIAAA), assinalam domingo, em Abrantes, o Dia da Cidade. Elevada a cidade a 14 de Junho de 1906, as comemorações deste ano são “marcadas pela temática da cultura, com dois momentos que visam posicionar Abrantes na rota dos grandes destinos culturais, científicos e pedagógicos”, afirmou Nelson de Carvalho, o presidente da autarquia. Segundo o autarca, o escultor Charters de Almeida inaugura domingo a "Cidade Imaginária", uma escultura de grandes dimensões, com 27 metros de altura e orçada em 250 mil euros, erguida na zona do Aquapolis – Parque Urbano Ribeirinho, “junto a um dos locais onde a cidade de Abrantes tem o seu imaginário ligado: o rio Tejo”. “Abrantes entra na rota das cidades imaginárias de Charters de Almeida, esculturas de grandes dimensões que tem espalhadas um pouco por todo o mundo, e que, neste caso, significa a conquista do rio pela cidade, com a criação de um espaço ribeirinho há muito imaginado”, referiu o autarca. Para Nelson de Carvalho, “outro momento alto” será a inauguração da Exposição de Antevisão do MIAAA, uma exposição itinerante que representa o seu “primeiro grande acto promocional”.
Com um investimento estimado de 12,5 milhões de euros, o MIAAA vai acolher o espólio arqueológico da Fundação Ernesto Estrada, “uma colecção de objectos arqueológicos recolhidos em vários pontos da Península Ibérica ao longo de meio século” por João Estrada, com um centro de investigação, auditório e exposições temporárias e permanentes, “para além de albergar a colecção de arte contemporânea de Lucília Moita e a colecção legada pelo escultor Charters de Almeida”. “Trata-se de uma exposição que mostra uma pequena parte das peças que vão constituir as colecções do futuro Museu, nomeadamente as que incluem peças muito importantes no contexto histórico e patrimonial do antigo espaço que hoje conhecemos como Península Ibérica, mas também peças da história grega, romana, fenícia e egípcia”, sublinhou. “Nesta colecção encontramos muitas peças com a escrita tartéssica e que vamos querer decifrar no nosso centro de investigação, que será coordenado por Luís Oosterbeek”, director ciêntífico do Museu de Arte Pré-Histórica de Mação, referiu.

Com projecto do arquitecto Carrilho da Graça, já aprovado pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, o futuro Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes ocupará o Convento de S. Domingos, no centro histórico da cidade, o que, segundo o autarca, “permitirá uma afirmação cultural muito forte no contexto regional, nacional e internacional, além da criação de um grande centro cultural que complementará as várias funções do centro histórico, como as residenciais, administrativas e comerciais”. Com inauguração prevista “até 2013”, Nelson de Carvalho afirma que o MIAAA será um Museu ”central” na região e que se “juntará a um conjunto de património edificado na orla da Grande Lisboa”. “O Museu Ibérico de Abrantes permitirá reforçar este ‘arco patrimonial’, que inclui Sintra, Alcobaça, Batalha, Mafra, Óbidos, Tomar e Almourol, para além de uma integração que pretendemos efectuar ao nível da Rede Europeia de Museus”, concluiu.

Fonte: Lusa.

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