segunda-feira, 1 de junho de 2009

1281. SURREALISMOS

No âmbito da exposição “Surrealismo… Porquê?”, que decorre na Casa dos Cubos, até 13 de Setembro, os Serviços de Museologia da Câmara Municipal de Tomar criaram um ciclo de conferências que vai decorrer uma quinta-feira por mês, com a presença de vários especialistas que abordarão diversos aspectos deste movimento estético e literário. A primeira conferência foi na quinta-feira passada, dia 28 de Maio, com dois oradores. Às 18 horas, Rui Mário Gonçalves tentou pôr “Um ponto no i do Surrealismo”. Mais ou menos uma hora depois, foi a vez de Adelaide Ginga Tchen, autora do livro “A Aventura Surrealista”, abordar o “Grupo Surrealista de Lisboa: a Liberdade pela consciência poética”. As conferências decorrem na Casa dos Cubos, com entrada livre". Apareceram três pessoas para as conferencias surrealistas. Diga-se que dois deles eram funcionários da Camara certamente sedentos de cultura e de rasgar horizontes. No Editorial do último Boletim Municipal Corvelo de Sousa gabava-se da intensa vida cultural de Tomar... Esquece-se o ainda Presidente da Camara que vida cultural não é gastar dinheiro a trazer intelectuais a Tomar para falarem para as paredes, ainda que as belas e reconstruídas paredes da Casa dos Cubos. É muito mais que isso. Inventar eventos para imprimir desdobráveis e encher as páginas do Boletim Municipal é fácil. Criar uma movida cultural, como Tomar tem todas as condições para ter e não tem, é mais difícil. É preciso uma estratégia, uma ideia. E isso é tudo o que não há. Já agora: quanto custa este confidencial desvario surrealista à Camara Municipal?

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