sexta-feira, 24 de abril de 2009

1128. PELOS CAMINHOS DE PORTUGAL (60)


A casa onde morou a família de Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil, em Belmonte, foi transformada no Museu das Descobertas que vai ser inaugurado no domingo, com 16 salas repletas de moderna tecnologia multimédia. Sensores de movimento e toque permitem a cada visitante conhecer a época das descobertas, como se fizesse parte dela. Uma das salas é parte de uma nau, num outro corredor há água sob o soalho que se movimenta com os passos dos visitantes, enquanto golfinhos os seguem nas paredes. Uma praia brasileira onde será possível deixar pegadas na areia e salas interactivas com vestes e sons típicos de índios, são outros dos atractivos no espaço que representa um investimento de 2,8 milhões de euros - com o apoio do programa Aldeias Históricas. As obras ainda decorrem em contra-relógio para que tudo esteja pronto para a inauguração no domingo, às 11:45, com a presença do ministro da Cultura, José Pinto Ribeiro. Para já, há uma visita virtual com algumas imagens do resultado final no sítio da Câmara de Belmonte na Internet, em www.cm-belmonte.pt. A autarquia espera que o espaço atraia mais visitantes, especialmente do Brasil. “Um brasileiro que venha a Portugal e não venha a Belmonte, é como ir a Roma e não ver o papa”, disse Amândio Melo, presidente da Câmara de Belmonte, à Lusa. O museu vai ser o quinto espaço temático de Belmonte, a juntar ao Museu Judaico, Ecomuseu do Zêzere, Museu do Azeite e Igreja de São Tiago - todos instalados em edifício recuperados no centro histórico. Em 2008, foram vendidas 52 mil entradas nos quatro espaços, segundo números da autarquia. “Esta é uma estratégia incontornável para nós: a nossa história merece ser musealizada”, destacou o autarca. “Acabamos por tornar Belmonte mais conhecida, dar elevação ao concelho e dinamizar a economia local”, concluiu. Segundo a empresa Arqueohoje, responsável pela concepção do espaço, este “é o primeiro museu sobre a epopeia dos descobrimentos portugueses”. Mais de 200 pessoas participaram na elaboração ao longo de cinco anos de investigação em diversas instituições. O museu incluiu obras de artistas brasileiros dos quais se destacam Sebastião Salgado, Eneida Serrano, Gilvan Barreto, Luciano Candisani, Leo Spósito, entre outros.

Fonte: Lusa.

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