segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

848. TRABALHO DE AGÊNCIA

Corvelo de Sousa anda a ser ensinado a comunicar por uma agência de comunicação paga a peso de ouro pelo dinheiro dos contribuintes. Vai daí decidiu-se a apresentar a programação cultural da Camara para 2009. Coisa nunca vista assim com tanta pompa e circunstância. Inicialmente pensei: é desta! É desta que a Camara nos vai surpreender com algo de novo, de diferente, de mobilizador. Mas sobreveio outra desilusão.
Primeiro: Janeiro não existe no calendário cultural municipal. Foram apresentadas iniciativas para onze meses e não para doze, como misteriosamente o calendário gregoriano estabelece. Segundo: foi apresentada programação cultural da Camara e que não é da Camara. Muitas das iniciativas anunciadas não são de iniciatica camarária, a qual, como todos sabem, é diminuta e medrosa. Terceiro: a programação anunciada é de uma pobreza franciscana a todos os títulos lamentável.
Se era necessária prova maior da falta de nível do executivo municipal ei-la. A programação anunciada não tem sequer a identidade de Tomar à vista: podia fazer-se em qualquer concelho do país. Tudo o que está, está evidentemente muito bem: lampreias, feijão, chuchas, percussão. Sim senhor. A agência de comunicação, aliás, demonstra conhecer mal as tradições locais, já que se esqueceu de incluir no rol as feiras de velharias da Rua de Corredoura (Rua Corredoura é como a Lusa chama à Corredoura, a R. Serpa Pinto, certamente reproduzindo mais trabalho de agência) e mais a feira de Sta. Iria que tem sempre uns concertos e uma feira de frutos secos.

Em conclusão: mais um ano desperdiçado para lançar nacional e internacionalmente a marca cultural do concelho de Tomar. Como é possível que na programação cultural de um ano inteiro a Camara consiga a proeza de não incluir uma exposiçãozeca, uma conferenciazita, qualquer amostra nem que fosse para inglês ver sobre os Templários que são a grande marca de Tomar? Uma pena.

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