sexta-feira, 7 de novembro de 2008

577. BEM VISTO

"Data de 1988 (faz agora 20 anos, hein?) a primeira vez que o Fatias de Cá usou a Mata dos 7 Montes em Tomar para apresentar um espectáculo. A coisa vem na sequência de uma deslocação a um festival de teatro na Holanda em 1987, uma aventurosa viagem de comboio com 4 adultos e 10 miúdos com transbordo em Paris (andar de Metro em Paris com o cenário às costas é obra!…) e onde foi apresentado "A Fuga de Wang-Fô" a partir do conto de Marguerite Yourcenar (espectáculo pouco apresentado em Portugal, a ver se um dia destes se repõe) com um sucesso mais que razoável. Nesse festival conheceu-se uma encenadora norueguesa, Line Rosvoll, que tinha apresentado com o seu grupo um delicioso "O Principezinho" do Saint-Éxupery, e convidámo-la a vir encenar uma peça a Portugal com os nossos miúdos, que os adultos estavam cheios de trabalho a preparar duas peças que também correram uma data de festivais por esse mundo fora com um sucesso mais que razoável: "Hamlet" de Shakespeare (peça onde acaba tudo em carne picada, já me perguntei se esta peça não inspirou a invenção do hambúrguer, na verdade Elsinor, o castelo de Hamlet na Dinamarca, fica perto de Hamburgo), que foi reposto em 2007 e que deverá voltar à cena em 2009 e "Homlet", uma parodia musical ao "Hamlet", onde também acaba tudo morto, mas pelo coveiro, a partir da banda desenhada de Gotlib e Alexis, espectáculo nunca apresentado em Portugal e que ainda um dia há-de ser reposto."
(...)
"Não sei se vou a tempo, mas cá fica: há duas coisas que me parece fazerem falta na Mata dos 7 Montes: um restaurante e um anfiteatro. O restaurante tem um local óptimo, junto aos arcos do aqueduto dos Pegões já à chegada ao Convento de Cristo, onde existem uns pavilhões em ruínas, sem teto mas com umas paredes de pedra magníficas. O anfiteatro também tem um local óptimo, junto ao muro de suporte da Horta dos Frades. Cá para mim, estes dois equipamentos ajudariam mesmo a colocar a Mata dos 7 Montes nos Roteiros Turísticos de Cultura."
Carlos Carvalheiro, n' O Templário.

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