A célebre janela manuelina do Convento de Cristo, que se tornou um ícone da cidade de Tomar e das presença da cidade na História de Portugal, é atribuída a Diogo de Arruda e constitui um dos mais originais exemplos do tardo-gótico manuelino. Foi executada entre 1510 e 1513. Desenvolve motivos hiper-realistas, simbolizando a Árvore da Vida e o Tronco de Jessé, segundo os temas das Sagradas Escrituras. É indissociável da fachada ocidental da igreja, que reflecte iconograficamente o programa imperial de D. Manuel e da Ordem de Cristo. A sua beleza ímpar e o seu complexo significado justificam que se tenha tornado a imagem universal do Convento. A mais simbólica das cinco janelas do Coro Baixo da igreja do Convento (o simbolismo do conjunto das cinco janelas manuelinas adensa-se se se pensar nos cinco impérios/Quinto Império e no Pentecostes). É tida como o expoente máximo do manuelino. Está recheada de alusões às Descobertas e à História de Portugal. A fachada em que está incrustada é uma imensa peça artística que lhe complementa o significado e vinca outras alusões, incluindo a de que os tabuleiros da Festa dos Tabuleiros tivessem sido inspirados nos botaréus que ladeiam aquele espaço.
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