quarta-feira, 11 de junho de 2008

263. TOMAR INOVA NOS COMBUSTÍVEIS

"No último ano lectivo, os alunos finalistas do Curso de Gestão do Território e do Património Cultural do Instituto Politécnico de Tomar desenvolveram, com base no artigo supra-citado, um sistema experimental de busca de preços de combustíveis no concelho de Tomar. Foi feito um inquérito à população no sentido de identificar, nomeadamente, as principais práticas de aquisição, o tipo de veículo, a quantidade adquirida de combustível, a frequência de aquisição, os movimentos pendulares, os factores de valorização pessoal dos postos de abastecimento, a utilidade do instrumento a desenvolver, etc. Criou-se um sítio na Internet com os postos de combustíveis que eram actualizados diariamente à meia-noite pelos alunos em vigília. Em qualquer altura que se acedesse ao sítio era possível visualizar um mapa da cidade de Tomar com a identificação dos postos de abastecimento e dos respectivos preços para cada tipo de combustível. Os postos foram também classificados de acordo com as suas funcionalidades, uma vez que através do resultado dos inquéritos foi possível compreender a importância dada pelos consumidores a outras funcionalidades. Simultaneamente, o consumidor era informado da diferença entre o preço mais baixo e o mais elevado praticado no concelho e da amplitude dos ganhos se abastecesse no posto que praticava os preços mais baixos. Mais, essa diferença era posta em perspectiva, online, através de algumas comparações interessantes. A última simulação feita permitiu compreender que um consumidor que abastecesse nesses postos, em média, cinco vezes por mês (cerca de 40 litros de cada vez) obtinha um ganho de cerca de 1700 km adicionais por ano, ou um ano grátis de assinatura da Sport-TV (ceteris paribus). Inevitavelmente, o ano lectivo terminou, os alunos deixaram de actualizar os preços todas as madrugadas e o projecto ficou no limbo. Contudo, ficou a certeza da exequibilidade do sistema e da demonstração das diversas competências dos alunos do Portugal (quase) esquecido. "
Sérgio Leal Nunes, no Diário Económico

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