quinta-feira, 22 de maio de 2008

237. QUERCUS RETRACTA-SE

A Estradas de Portugal e a Quercus chegaram hoje a acordo no processo em que a associação ambientalista era acusada de ter provocado danos na imagem da empresa no protesto que realizou, em 2006, contra as obras do IC9. A Quercus comprometeu-se a publicar em dois jornais nacionais um texto em que se retrata das expressões utilizadas durante o protesto realizado em Julho de 2006 e que a Estradas de Portugal (EP) considerou injuriosas. Para a advogada da Quercus, Carla Marques Pinto, o acordo de hoje foi "um sinal de maturidade" e um "entreabrir de portas ao diálogo entre duas entidades que, forçosamente, terão de conviver".

Domingos Patacho, presidente do núcleo da Quercus do Ribatejo e Estremadura, ressalvando toda a legitimidade da acção de protesto, admitiu que "talvez a terminologia utilizada em algumas das tarjas fosse menos adequada". O presidente da Quercus, Hélder Spínola, igualmente arguido no processo, afirmou que as acções que visam chamar a atenção para problemas ambientais "precisam de imaginação" para chegar ao público, havendo uma "fronteira ténue" nas escolhas, por vezes difícil de acautelar. Segundo disse, dos inúmeros processos colocados pela Quercus contra as mais diversas entidades, a associação ambientalista teve apenas três acções nos últimos três anos, tendo todas acabado em acordo.

Neste processo, a EP acusava a Quercus do crime de ofensa a pessoa colectiva dotada de autoridade pública. Em causa estavam expressões como "Estradas Piratas" ou "Estradas Prevaricadoras".

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