O Hugo comete a gentileza da simpatia e o Nabantia, que, não omite a fraqueza de alguma vaidade... sempre preza o reconhecimento da humanidade e do bom viver como valores antepolíticos, reconhece, sucumbiu ligeiramente ao elogio (fraqueza humana que respeita igualmente no seu semelhante, como é o caso do Hugo, a quem, por muito que divirja politicamente e diverje sim, já devia ter felicitado pelo resultados do seu partido a 27 do nove e a 11 do dez). Mas tenho de ousar a verdade: onde ele nos últimos tempos tende a ver rancorosidade há apenas feitios de falar. Apenas. E uma conjuntura pessoal de assoberbamentos corriqueiros interterritoriais e intelectuais sortidos, vários, que tiram tempo para rodriguinhos e quase só deixam lugar para a crueza do arpão ideológico directo, que, quando passarem, validarão o que antecede. Se me permite algo mais pessoal (tenho, naturalmente para a troca...): da efemeridade política não tenho a cátedra, mas no mínimo aquela equiparação ranhozeca (cá estou eu...) de mestrados farinha amparo (cá estou eu...) a bolonhozices baratas para enganar tolos. Quem me conhece e são muitos felizmente, embora não o saibam, o curioso cuja identidade não interessa sabe que a assertividade não é sinónimo de mais do que isso mesmo e decidiu mesmo assim correr o risco do adjectivo injusto a trocá-lo pela falta de autenticidade e por aquele calculismo paroquialmente inconsequente e pachorrento das águas estagnadas, que já não há topete para aturar, sobretudo em Tomar. Agora, que anda aí Algures um certo aumentozito de postagens desde o 27 do nove e do 11 do dez, lá isso anda e ainda bem, que o entusiasmo, a alegria e os sentimentos positivos fazem bem ao orçamento da Dra. Ana Jorge e no sistema nacional de saúde provoca automática diminuição de custos (diminui os stress's...), que muitos Hugos, desde Arnaut continuam a julgar que é gratuito mas que todos pagamos... , lá isso, basta contá-los... Mas também sabe que quando acha que há por dizer, diz e pronto e segue o carrossel, que quem está, está, quem não está estivesse. Reafirmando, pois, o que já vai escrevinhado, não é à laia de manteigueiro que o curioso remata, escrevendo, que o Algures devia estar mais Aqures, porque Tomar precisa de muita coisa a começar por concorrencia e competitividade intelectual, de massa crítica para crescer fora dos relvados destruídos pelas falsificações de patos bravos à mercê de quem tem estado nas últimas décadas. E precisa aqui, não ali. Nem que seja para nos darmos depois umas valentes chibatadas políticas, que Tomar também precisa Aqures, para agitar águas e não Algures.
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sábado, 14 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
1961. TAMBÉM SABE BEM
Chegar aqui e dizer "não sei se já repararam, mas hoje não estou para dar muita conversa"...
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
1906. VIDAS ESQUECIDAS
Custódio Gonçalves Figueiredo tinha 52 anos. Quis a banalidade fria e cortante dos baptismos que nem nos nomes Custódio Gonçalves Figueiredo, se distinguisse dos nomes portugues que há espalhados por essas ruas, largos, praças dessas terras portuguesas que polvilham os territórios. Vi-o uma vez na vida, num destes últimos pacatos domingos, onde fui almoçar ao seu "O Kamanga", por onde já tinha passado vezes sem conta, mas nunca tinha entrado, sei lá porquê. Ao domingo os restaurantes fecham quase todos em Tomar, sei lá porquê e os sobrantes transbordam de comensais preguiçosos. O Custódio era o dono do restaurante. A sua figura, mesmo para quem o via pela primeira vez, tornava-se, desde então, inesquecível, sei lá porquê. A fala arrastada, desinteressada do que o rodeava, um mecanicismo suspeito na dança dos talheres e das travessas, que muitas vezes trocava e que aparentava um quase desinteresse pela sorte da conta final a pagar pelo cliente. Parecia que receber era até um contratempo. E se calhar era mesmo. Um tanto faz, como fez, ou antes pelo contrário.
O dono do restaurante “O Kamanga” matou-se, deixemo-nos de merdas de palavras, na tarde desta quarta-feira. Foi encontrado sem vida na sua casa na rua de S. João, em Tomar. “O Kamanga”, fica ali situado na esquina da R. de S. João com a R. dos Moinhos, onde seres humanos são obrigados há meses a engolir, em sentido literal, a comer o pó da estrada, devido à incompetencia da Camara Municipal, entretanto reeleita, na mais sinistra ofensa à memória daquele sofrido Custódio, que no mínimo mereceria um reles asfalto para evitar buracos nas solas e joanetes nos pés, para ao menos andar normalmente de acordo com as regras do homo erectus.
Foi à tarde, numa quarta-feira, o estranho e indefinido dia do meio da semana, pelo método de enforcamento. Segundo um vizinho, “ele andava um bocado em baixo”. Isto, hoje, não quer dizer absolutamente coisa alguma, ou seja, nada. Andamos todos em baixo e daí? Mas ele, não. Tinha razões especiais, para lá das razões especiais dos outros para andar em baixo e que são sempre diferentes umas das outras, sei lá porquê. Soube hoje, como sempre tarde demais para exercícios de salvamento, de algumas delas. E o que interessava, se acaso eu as tivesse sabido antes? Nada. Nada mesmo. Não teria feito nada. Cruamente nada. É isto a desumanização. E há muito tempo que nunca me tivesse talvez sabido tão bem escrever um texto tão verdadeiro, sem final . Feliz ou infeliz. Apenas sem final, como julgo que a vida é. Sem final.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
1905. FACE OCULTA
Tomar, todos os lugares, não só os bancos, as empresas, as famílias, os castelos, a história, têm poliédricas faces ocultas. Lados das sombras que aparentemente estão dissimuladas nas algazzarras dos momentos, nas farpelas de ocasião com que se decoram traças, alfazemas, carunchos, bichos da madeira que inexoravelemte vão corroendo sem se ver, destruindo sem se ouvir, mudadndo sem que se veja. Soube-se hoje de uma face oculta socialista, mais uma, desta vez sem contentores, sem Moura Guedes, sem animais ferozes, apenas uns famélicos nove ou dez mil euros a troco de uns negóciozitos com que sempre um medíocre à solta julga que vai resolver a vidinha. Em Tomar também há faces ocultas, que ninguém duvide. Esta semana então, com o papelinho do bloquinho medíocrezinho centralinho sobre as migalhas municipais disponíveis, mais algumas faces se ocultaram, mas, em contrapartida também, inelutavelmente algumas outras se desocultaram. Deixem lá os pilaretes, o lixo das ruas, o pelourinho de Pisa, a poeira de Trinitá na R. outrora dos Moinhos, os fomulários, os QREN's, os paivo-corvelo-vitorinos. Deixem lá isso agora. Acima disso está o carácter, que é o que nos faz viver um patamar acima dos animas selvagens, por enquanto. Deixem lá os veludos das mesas de reuniões dos hotéis, as nojentas intrigas das Corredouras do baixo e do alto Nabão, deixem lá isso tudo. Sou eu que peço. E, por um momento, vá, dois momentos, deixem sentir o ar fresco dos monges descer a encosta e viajar à desfilada da serra até nenhures. Talvez se consiga perceber então o inestimável valor, não digo preço, digo valor, da liberdade. Se conseguirem, aposto que não voltarão a ser os mesmos. Aposto. E o mais que aqui e agora decidi ocultar, é fácil: vão aos Alcatruzes. está lá tudo, da família ao rio, das bonecas, às viagens das liberdades dos montes de Portugal, que é, finalmente, onde pretendo chegar, por sentir que sou de lá. Peço desculpa pelo abuso da boleia à Maria.
domingo, 25 de outubro de 2009
1882. DIÁRIO (49)
Um blogue é eterno? Pode ser. Pode não ser. Se acreditarmos (fé...) que a eternidade é deste mundo, admitamo-lo que sim, que pode ser. Um trejeito feliz de um dia depressivo, um naco de texto que assenta no escantilhão mental de quem o lê, por sortilégio, no momento. Um reconhecimento mais ou menos generalizado de graça, qualidade ou até da falta dela. Há blogues que jamais esquecerei, por exemplo, por os considerar um mero escarro intérnetico. Posto isto. O que fazer com o Nabantia? Há dias que o sinto no fim. Há dias que o sinto no princípio. Talvez tudo parta dos olhos com que olho para ele em cada instante. É só para incomodar Vosselencias que está em vigor esta dúvida.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
1873. AGRADECIMENTO
O Nabantia agradece a O Templário o destaque que teve a bondade de dar na sua edição de hoje aos posts de balanço das últimas eleições autárquicas em Tomar. É mais uma responsabilidade acrescida em tão debilitados ombros blogueiros, que apenas espero honrar com humildade, com português médio sem aspirações de erudição ortográfica, com autenticidade perfeita, isto é, daquela que até erros comete e, sobretudo, com muita liberdade. Obrigado.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
1615. INTERVALOS
Por vezes olho em redor e o que me apetece é o refúgio nas raízes dos tempos que hoje somos. Nos valores perenes desprezados pelo dia-a-dia medíocre e mesquinho de toda a gente importante que por aí anda, com a mania que tem o destino dos outros nas mãos.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
1554. DIÁRIO (29)
Sempre gostei de viver em Agosto onde vivo no resto do ano. Metade das pessoas. Lugares para os carros em todas as ruas. Mesa nos cafés. A vida seria perfeita se fosse todo o ano como é em Agosto. A natalidade deu cabo de nós...
sexta-feira, 19 de junho de 2009
1367. NERVOSEIRAS
Eu disse quatro listas, sem me referir a candidaturas. Este convite de candidatura muito me surpreende, visto ser suposto as listas do PS estarem fechadinhas... Sinceramente ser convidado via blogue nunca me tinha passado pela cabeça! Este delirio deve ter que ver com o calor...
1366. NERVOSEIRA
O Nabantia, o escriba que não o blogue, bem entendido, já foi abordado para 4 listas diferentes em vista das eleições autárquicas. Safa, que há falta de pessoal...
quarta-feira, 29 de abril de 2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
segunda-feira, 23 de março de 2009
1010. AGRADECIMENTO
Ao Siggilum o Nabantia agradece as múltiplas referencias e, em especial, muito em especial, o poema de José Régio...
quarta-feira, 18 de março de 2009
991. AGENDA
Hoje é dia de subir à Mata, de me perder no Convento e de contemplar no Castelo uma obra humana multisecular. Continua o processo de lavagem da alma, hoje ajudado pela memória de António Nobre projectada no futuro da natureza eternamente humana e inderrotável. Radical natureza.
segunda-feira, 16 de março de 2009
983. REGRESSO
Regresso a Tomar. Um céu rasgadamente límpido. Um horizonte todo, numa palavra. Hoje só me apetece lavar aqui a alma. Sem que nada, da política aos maus costumes, perturbe esta visão.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
726. TELE?
A Telepizza, sita à Avenida Aurélio Ribeiro (Funzone) demorou uma hora, uma horinha, para entregar duas pizzas no sábado, em casa de dois esfomeados, a cerca de 1 quilómetro de distância. Chegaram já frias. Mau serviço, muito mau. Não voltarei a ser cliente.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
723. AS MAZELAS
Tomar tem muitas mazelas. As obras que se fazem em Tomar deixam muitas mazelas que acrescem às que já existiam. Mas hoje apetece-me, por instantes, celebrar apenas uma terra única, que tem um património único. Circular pelas ruas. Observar as pessoas. Falar com elas. Respirar a atmosfera. Apenas. Por momentos singelos.
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Camara Municipal de Tomar,
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terça-feira, 23 de dezembro de 2008
709. INTERVALOS
sábado, 6 de dezembro de 2008
657. BRUMAS
Chove intensamente. As folhas das das árvores estão alaranjadas, bizarramente belas. Ao fundo, lá no alto, o Castelo está envolto numa neblina que lhe confere imponência, sim, mas também mistério. De histórias que viu das suas ameias milenares e que nos tempos se foram esvaindo. Esperam a descoberta dos vindouros, como que brincando às escondidas com o tempo. O Convento guarda as memórias. Impossível não ir hoje lá acima e ver como a cidade vive cá em baixo, aparentemente indiferente ao seu passado. Viajaremos então no tempo, no meio de duas épocas, de muitas épocas, que o seu tempo fizeram o tempo que hoje somos. Mesmo que de vez em quando o esqueçamos. A memória é uma riqueza única, perceberemos então.
(Foto)
sábado, 1 de novembro de 2008
559. MAÇADAS
Não posso ir à mostra de doçaria tradicional que decorre este fim de semana em Abrantes. Uma verdadeira maçada!
(Foto)
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