quarta-feira, 5 de agosto de 2009

1549. PELOS CAMINHOS DE PORTUGAL (134)


A Câmara Municipal de Alvaiázere vai disponibilizar a partir de Outubro mais de 100 mil árvores de espécies autóctones para a reflorestação do concelho, disse à Agência Lusa o seu presidente, Paulo Tito Morgado. Paulo Morgado explicou que a iniciativa começou em 2006, quando se iniciou “um plano de colheita de sementes de espécies autóctones, o carvalho-cerquinho e azinheira”. “Na nossa zona temos a maior mancha de carvalho-cerquinho da Península Ibérica, incluído no Sítio Sicó-Alvaiázere da Rede Natura 2000”, observou o autarca.

No âmbito desse plano, através do qual já foram recolhidas cerca de 300 mil sementes de carvalho-cerquinho e azinheira, “o município fez um protocolo com um viveiro de Anadia”. “No viveiro, plantam as sementes e ficam com metade da produção”, declarou Paulo Tito Morgado. Segundo o presidente do município, “a partir de 2008 – este é o segundo ano consecutivo, começaram a ser distribuídas gratuitamente aos proprietários de terrenos do concelho as espécies já crescidas para projectos de plantio”.

O responsável adiantou que já foram entregues cerca de 60 mil árvores, esclarecendo que a plantação “decorre normalmente entre Outubro e Março”, estando prevista, dentro de dois meses, a disponibilização de “mais de cem mil” exemplares. Paulo Tito Morgado afirmou que esta iniciativa é desenvolvida com o apoio da Associação de Produtores Florestais do concelho, que tem a tarefa de disseminar “esta boa prática junto dos seus associados”. O presidente da autarquia acrescentou ainda que quer através da associação ou no Gabinete Técnico Florestal “se tem procurado dissuadir as pessoas de fazerem plantação de espécies importadas”.

Paulo Tito Morgado sublinhou que o projecto pretende “fomentar o cultivo de espécies autóctones no concelho ao invés de espécies importadas, como o eucalipto”. Referindo que os custos que a autarquia tem neste processo são diminutos face “aos ganhos para o ambiente e para o território”, o autarca apontou a despesa “na recolha das sementes, o seu transporte até ao viveiro e o regresso das espécies ao concelho”.

Fonte: Lusa.
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