terça-feira, 21 de julho de 2009

1491. A CRISE DO FUTEBOL


O CD Fátima, na Liga de Honra de futebol, e o Monsanto, na II Divisão, são os únicos clubes do distrito de Santarém nas competições nacionais, na sequência de um "reposicionamento" dos emblemas ribatejanos. Além das despromoções de Cartaxo e Torres Novas da III Divisão, o campeão distrital Riachense abdicou da subida aos nacionais e a UD Rio Maior desistiu da mesma competição, deixando o Ribatejo sem representantes. "Espero que este reposicionamento seja uma resposta séria dos dirigentes para controlarem a situação dos clubes e assim evitarem a queda rápida de outros emblemas. Era fácil a estes clubes continuarem em incumprimento, mas espero que seja o fim da ilusão, de muitas loucuras que se praticaram nestes clubes e acabe por servir de exemplo para outros dirigentes", disse hoje à Agência Lusa o presidente da Associação de Futebol de Santarém (AFS), Rui Manhoso. Já no inicio da última época o Abrantes FC tinha sido desclassificado da II Divisão, tendo cumprido o primeiro de dois anos da suspensão imposta pelo Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Na mesma altura, a União de Santarém, campeão da III Divisão em 1974/75 e 1984/85, abandonou as competições de futebol sénior. Além destes casos, também o suspenderam a actividade o Ferroviários e o GD Coruchense – campeão da III Divisão nacional em 1953/54 –, tendo sido formado Amigos do Grupo Desportivo Coruchense - Associação Desportiva, enquanto o Samora Correia desistiu do primeiro escalão distrital. "Estamos a acompanhar o mais próximo possível a vida dos clubes e estamos completamente admirados por apenas os clubes do distrito atravessarem estas dificuldades. Pensávamos que todos os clubes do país estavam com o mesmo tipo de dívidas, mas, pelos clubes que estão interessados em substituir os de Santarém, parece que só nesta região se atravessa esta crise", explicou Manhoso, assegurando que a AFS tem "feito tudo, desde acompanhar os clubes a baixar taxas de inscrição". Lamentando a "desigualdade de critérios ao nível da fiscalidade", o presidente da AFS realçou a manutenção do distrito como "a sexta região do país com mais desenvolvimento do futebol jovem", apesar deste "reposicionamento" no futebol sénior.

Fonte: Lusa.

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