sábado, 29 de dezembro de 2007

39. HISTÓRIA CONCISA DE TOMAR (XVII)

António Bernardo da Costa Cabral, político português, natural de Fornos de Algodres, nasceu a 9 de Maio de 1803. No ano de 1823, com apenas 20 anos de idade, tirou o curso de Direito na Universidade de Coimbra. Exerceu advocacia em Penela e em 1826 mudou-se para para Celorico da Beira. Aderiu ao ideal constitucional na primeira fase da guerra civil e alistou-se nas forças do futuro Conde de Samodães, que lutavam pela causa liberal. Em 1832 participou no desembarque do Mindelo e serviu no cerco do Porto. Foi eleito deputado em 1836 e três anos mais tarde foi nomeado ministro da Justiça. Ao longo do seu ministério, conseguiu concretizar reformas nos serviços judiciários do país, providenciando no sentido de humanizar a condição dos presos, regulamentar a administração dos bens dos órfãos e promulgando a Novíssima Reforma Judicial. Em 1849, foi nomeado ministro plenipotenciário em Madrid, tendo voltado a ser chamado para presidir a um ministério a 18 de Junho de 1849. Houve uma oposição no seu regresso, de tal forma que viria a ser apeado em 1851, pela revolta do marechal Saldanha, conhecida por Regeneração. No ano de 1859, foi nomeado ministro plenipotenciário junto do governo do Rio de Janeiro, onde desempenhou um importante papel na resolução de dificuldades aduaneiras. Quando regressou a Portugal, foi para a sua Casa de Tomar (parte do antigo Convento de Cristo) e em 1870 é convidado por Saldanha para chefiar a legação portuguesa na Santa Sé. No Decreto de 8 de Setembro de 1845 de D. Maria II, foi concedido a António Bernardo da Costa Cabral o título de Conde de Tomar e foi elevado a marquês por Decreto de 11 de Junho de 1878, de D. Luís.

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