domingo, 2 de dezembro de 2007

13. HISTÓRIA CONCISA DE TOMAR (II)

Sobre a origem do topónimo principal do concelho, "Tomar", muitos autores são unânimes em afirmar que este não terá sido o nome inicial da povoação mas a designação arábica do rio, alusiva à doçura das águas. Uma outra hipótese, a que parece mais aceitável, remete uma origem germânica para o topónimo, tratando-se do genitivo de "Tehodemari", ou seja "villa de Theodemarus", pouco de surpreender dada a localização da cidade, junto a uma povoação romana (Sellium) e germânica (Sélio Nabantia). Sendo assim a tal "villa" pode ter origem romana e recebido nova denominação suévico-visigótica. O primeiro documento escrito conhecido onde consta o topónimo actual é a Chronica Gothorum (Crónica dos Godos), em que consta que "infortunium super christiannos in Thomar", de onde se parece poder inferir que o topónimo não se aplica ao rio, pois a derrota dos cristãos não aconteceu nas suas águas, mas em terra, num local forçosamente já conhecido como Tomar. Os romanos fundaram a cidade de Sellium cuja planta ortogonal decorre da perpendicularidade dos característicos eixos cardus e decumanus que determinavam a organização urbanística das cidades romanas. Para além das ruínas do Forum de Sellium, as escavações efectuadas (c. 1980) na zona da actual Alameda 1 de Março deram conta de vestígios das habitações da época. Pelos meados do século VII, aqui houve conventos de freiras e frades, datando dessa época o episódio visigótico e lendário do martírio de Santa Iria. Quanto aos árabes (após 712) pouco se sabe, mas imagina-se muito, como a sensitiva origem do nome Tomar: “Tamaramá”, doces águas.

Fontes: CMT, Portugal

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